Descoberta de Terraços Agrícolas Incas em Alta Floresta
d´Oeste- Rondônia
Andenes Inca
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Em Dezembro de 2011 foi realizada a Expedição de visita aos
Geoglifos Incas em Alta Floresta d´Oeste Distrito de Filadélfia a 620 Km de Porto Velho capital de Rondônia-Brasil foi localizados os terraços agrícolas próximos
aos Geoglifos no Chapadão do Glowaski ,na mesma estavam presente o Pesquisador Independente Joaquim
Cunha da Silva, o Jornalista de Aventura o Explorador Yuri Leveratto,e o Guia
de Selva e Indigenista Evandro Santiago.Quando
estavam verificando uma caminho de pedra ,ao olhar para montanha verificaram a
presença de terraços agrícolas.
Em Outubro de 2012 retornamos ao local dos terraços agrícolas com
o Grupo Caçadores de Pedras e Monte Perdidos sucursal do Grupo CAPAC ( Confederación de Amigos Del Paititi y los
Antigos Caminos) Advogado Adi Baldo,Professor de Ciências Adilson Andrade, Empresário
Antonio Nelson Pagnusat e o Guia de Selva e Indigenista Evandro Santiago. Andamos pelos terraços para maior avalização,onde tiramos fotos mais detalhadas do local para melhor analisarmos a quantidade,constituição e canais de irrigação.
Antigo Caminho
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Andenes Inca:
Na foto :Joaquim,Antonio e Adi
Foto:Adilson Andrade
Andenes Inca
Na foto: Antonio,Adilson e Adi
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Terraços Agrícolas do Vale
Sagrado dos Incas no Peru
Andenes Inca
Andenes Inca
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Povos que
habitavam (e habitam) altas regiões de ares rarefeitos e clima inóspito
desenvolveram técnicas de sobrevivência que constituem exemplos para a
humanidade hoje perdida entre progressos da ciência e da tecnologia. Terraços
agrícolas nas encostas de altas montanhas da Ásia ensinam um modo de viver
comungado com a natureza – na Indonésia, Vietnã, Filipinas, e a Sudoeste da
China, na região de Yunan, nas fraldas do Himalaia (Love and respect: Hani in
tune with nature –
China Daily, e Os terraços
de arrozais de Honghe Hani da China – Asiacomentada, 11/junho/2012).
Outra civilização mítica cultivou vida superior calcada na comunhão da terra
e do céu, preservando a natureza sagrada, a Mãe Terra – Pachamama - que
lhe dava sustento. Das civilizações mais avançadas da América do Sul, com
refinados conhecimentos em astronomia, engenharia e agricultura, os incas criaram um dos maiores impérios
pré-colombianos, que, desde o Peru, dominaram terras hoje pertencentes à
Bolívia, Chile, Equador e Colômbia. Embora Machu Picchu seja a joia dessa
civilização, para bem entender suas construções, seus templos, crenças e
conhecimentos, há que visitar outras cidades e vilarejos ao longo do Vale
Sagrado dos Incas. Os incas acreditavam que o vale do Rio Vilcanota (formado
pelas corredeiras e riachos provenientes das geleiras dos Andes) era a
representação do céu na terra, seu percurso formando par perfeito com a Via
Láctea. Por todo o vale ruínas contam a história de um povo que vivia em
harmonia com a natureza, aproveitando a fertilidade do solo, abundancia de água
e clima propício. Construíram as andenes, terraços
horizontais amalgamados por contenções de pedras, nas encostas das montanhas,
para melhor aproveitar espaços. Eram tão eficientes que, se outros povos
passavam fome, os andinos produziam e estocavam com fartura.
Andenes Inca
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Agricultura Inca
Andenes Inca
Foto:Joaquim Cunha da Silva
No apogeu de civilização inca, cerca de 1400, a agricultura organizada espalhou-se por todo o império,
desde a Colômbia até o Chile,
com o cultivo de grãos comestíveis da planície litorânea do pacífico, passando
pelos altiplanos andinos e adentrando na planície amazônica oriental.
Calcula-se que os incas cultivavam
cerca de setecentas espécies vegetais. A chave do sucesso da agricultura inca
era a existência de estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição
das colheitas numa vasta região.
As principais culturas vegetais eram as
batatas (semilha), batatas doce (batatas), milho, pimentas, algodão, tomates,
amendoim, mandioca, e um grão conhecido como quinua.
O plantio era feito em terraços e já
usavam a adiantada técnica das curvas de nível sendo os primeiros a usar o
sistema de irrigação.
Os incas usavam varas afiadas e arados
para revolver o solo, e usavam também a lhama para transporte das colheitas, embora tais animais fornecessem também lã
para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.
Ervas aromáticas e medicinais também
eram plantadas e as folhas de coca, eram reservadas para a elite. Toda a
produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do império.
TERRAÇOS: FUNCIONALIDADES E TIPOS
Andenes Inca
Foto:Joaquim Cunha da Silva
Técnica de conservação considerada milenar, os terraços evitam a perda de solo, sementes e adubos. Saiba qual o modelo indicado para a sua necessidade.
Os terraços são sulcos ou valas construídas transversalmente à direção do maior declive, sendo construídos basicamente para controlar a erosão e aumentar a umidade do solo.
Seu objetivo é diminuir a velocidade e volume da enxurrada,
evitando assim perdas de solo, sementes e adubos. Os terraços também
favorecem no aumento do conteúdo de umidade no solo, uma vez que há
maior infiltração de água e reduzem o pico de descarga dos cursos d'água.
Além disso, amenizam a topografia e melhoram as condições de mecanização
das áreas agrícolas.
Por ser uma prática que necessita de investimentos, o terraceamento deve ser usado apenas
quando não é possível controlar a erosão, em níveis satisfatórios, com a
adoção de outras práticas mais simples de conservação do solo. No entanto,
o terraceamento é útil em locais onde é comum a ocorrência de chuvas
cuja intensidade e volume superam a capacidade de armazenamento de água do
solo e onde outras práticas conservacionistas são insuficientes para
controlar a enxurrada.
Os terraços são indicados para terrenos com declividade entre 4
e 50%. Em declividade inferior a 4%, devem ser substituídos por faixas de
retenção, plantio em nível, rotação de culturas, culturas em faixas, quando
os lançantes forem curtos. Em lançantes longos, as áreas devem ser
terraceadas a partir de 0,5% de declive.